quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

INTOLERANCIA A FRUTOSE E SORBITOL





intolerância à frutose, também chamada de fructosamina, é uma doença de origem genética.
Conhecemos duas causas:
  • Por deficiência da enzima frutose 1- fosfato de aldolase. Neste caso é preciso eliminar uma série alimentos que contêm frutose, sacarose (dissacarídeo formado pela frutose, glicose e sorbitol, açúcar invertido que pode ter sacarose e/ou frutose).
  • Por falta da enzima frutoquinasia: esta costuma ser benigna e às vezes se desenvolve sem sintomas e não precisa de tratamento especifico.

Alimentos permitidos para intolerância da frutose e sorbitol
  • Lácteos: leite, queijo, iogurte natural, manteiga.
  • Carnes: todas sem inconvenientes.
  • Ovo: sem inconveniente.
  • Vegetais: todos menos os proibidos. Você pode consumi-los frescos, congelados ou em lata. Batatas fritas caseiras ou industriais, cenouras (nunca mais de 1 pequena por dia). Cebola (nunca mais de 1 colher por dia).
  • Cereais: aveia, trigo, cevada, centeio, arroz, tapioca e produtos feitos a partir deles. Você deve limitar o consumo de pão branco. Bolachas caseiras feitas com glicose em lugar de sacarose.
  • Sobremesa: sem frutose, SACAROSE ou sorbitol.
  • Adoçantes: glicose, xarope de milho. Adoçantes artificiais sem frutose, sacarose nem sorbitol.
  • Sopas: caseiras utilizando alimentos permitidos. Extrato de carnes, cubos concentrados.
  • Bebidas: infusões, cacau (tenha a certeza de que não contem sacarose), bebidas sem sorbitol como adoçante.
  • Condimentos: plantas aromáticas, especiarias, essências, corantes, sal, pimenta, mostarda, molhos.
  • Gorduras: manteiga, margarina, óleos.
Alimentos proibidos na intolerância à frutose e sorbitol
  • Lácteos: leite doce com frutose, sorvetes comerciais com frutose ou sorbitol, iogurte com frutas.
  • Carnes: presunto doce; estofado com verduras não permitidas.
  • Vegetais: ervilhas, lentilha, grão-de-bico, feijão branco, milho, vegetal de raiz (nabo, beterraba, etc.), pepino, soja, couve, tomate.
  • Frutas: todas, naturais ou diferentes preparações.
  • Cereais: pão integral, farinha de soja, muesli, todos os cereais feitos com açúcar ou mel.
  • Sobremesas: sorvetes comerciais, chocolate, bolos, bolachas industriais, massas doces, especialmente as que são sem açúcar, dietéticas ou para diabéticos.
  • Adoçantes: açúcar de mesa, melaço, xarope de ácer, frutose, sorbitol.
  • Geleias, doces: doces dietéticos, para diabéticos, caramelos ou guloseimas, frutos secos, chocolate, guloseimas para mastigar sem açúcar.
  • Bebidas: todos os saborizados do leite, café com algum agregado de sacarose, shakes, sumos líquidos de frutas e vegetais não permitidos, licores de fruta.
  • Condimentos: molhos, condimentos de saladas, maionese industrial.

Esta seleção de alimentos para tratar a intolerância à frutose especifica que alimentos você deve consumir e quais são os proibidos, o que pode ajudar a planejar a sua dieta diária e assim evitar complicações para a sua saúde.
Não se esqueça de ler as etiquetas dos alimentos, porque podem conter frutose, sacarose ou sorbitol na sua composição química.






segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

CANDIDIASE VAGINAL DE REPETIÇÃO



A Candidíase vaginal, também chamada de vulvovaginite por cândida, é uma micose provocada pelo fungo da espécie cândida, habitualmente, a Candida albicans. Outras formas de cândida, como a Candida glabrata, também podem provocar vulvovaginite, mas são bem menos comuns.
A candidíase vaginal é uma forma de vaginite extremamente comum, perdendo em incidência apenas para a vaginose bacteriana, provocada, em grande parte dos casos, pela bactéria Gardnerella .
Cerca de 1/3 dos casos de corrimento vaginal de origem infecciosa são provocados por cândidas.
Candida albicans é um fungo comum da flora vaginal, estando presente em 1 a cada 5 mulheres. A sua presença em si não representa nenhum perigo para pessoas saudáveis. A candidíase doença só surge quando a população de cândidas colonizando a pele aumenta demasiadamente. Este aumento pode ser estimulado pelo uso de antibióticos, anticoncepcionais com elevadas doses de hormônios, diabetes, alterações do sistema imunológico, uso de glicocorticoides, entre outros. Portanto, ter Candida albicans colonizando a região genital não significa necessariamente que a mulher terá a doença candidíase.
Candida albicans pode até ser transmitida pela via sexual em alguns casos, mas na maioria das vezes o fungo tem origem na própria pessoa, geralmente do trato gastrointestinal. Mulheres virgens ou sem relação sexual há anos podem ter episódios de candidíase vaginal, motivo pelo qual essa micose não é considerada uma doença sexualmente transmissível.

O Tratamento é realizado pelo Ginecologista que usa antimicoticos e medidas preventivas, porém quando não surte efeito esse tratamento e a recorrencia é muito intensa temos uma opção terapeutica para a imunossupressão que deve ser a causadora da candida de repetição que é o uso de uma imunoterapia subcutanea ( vacina ) que aumenta a defesa celular contra esses agentes que causam esse incomodo intenso nas mulheres. 
Procure um Imunologista para orientar e avaliar a indicação desse tipo de tratamento . 
Dr. Antonio Carlos de Oliveira Biel - CRM 98674
Centro Avançado de Diagnosticos em Alergia e Imunologia 
antoniobiel@globo.com

domingo, 4 de dezembro de 2016

NOVOS TESTES DE ALERGIA CHEGAM AO CENTRO AVANÇADO DE DIAGNOSTICOS EM ALERGIA E IMUNOLOGIA

CHEGARAM AS NOVAS BATERIAS DOS TESTES DE CONTATO 2017 !!
OS NOVOS TESTES DE CONTATO JA ENCONTRAM-SE A PARTIR DE AMANHÃ DIA 05 DE DEZEMBRO DE 2016 NO CENTRO AVANÇADO DE DIAGNOSTICOS EM ALERGIA E IMUNOLOGIA DAS 3 UNIDADES - DRACENA, ANDRADINA E ARAÇATUBA !
MAIS UMA VEZ , GRAÇAS A DEUS , SAIMOS NA FRENTE COM ESSAS NOVAS LISTAS DE PRODUTOS , SEGUINDO O MESMO PADRÃO DA ACADEMIA EUROPEIA DE ALERGIA E IMUNOLOGIA DE DIAGNOSTICOS EM DOENÇAS ALERGICAS!!!
AGORA CONTAMOS COM :
BATERIA PADRÃO - 30 SUBSTANCIAS
BATERIA COSMETICOS - 10 SUBSTANCIAS
BATERIA ALIMENTOS - 10 SUBSTANCIAS
BATERIA REGIONAL - 10 SUBSTANCIAS ( INDICADA PARA PROFISSIONAIS E CLIENTES QUE USAM COSMETICOS E PRODUTOS DE BELEZA )
SERIE CORTICOIDES ( MEDICAMETOS ) - 7 SUBSTANCIAS
SERIE UNHAS - 20 SUBSTANCIAS ( ALERGIA A ESMALTES E PRODUTOS DE CONTATO DIRETO COM AS MÃOS)
SERIE CAPILAR - 15 SUBSTANCIAS ( PARA PACIENTES COM ALERGIA EM COURO CABELUDO )
O CENTRO AVANÇADO DE DIAGNOSTICO EM ALERGIA E IMUNOLOGIA CONTINUA CONTANDO COM OS GRANDES DIFERENCIAIS : VALORES EM RESULTADOS ( METODOS EFICIENTES PARA CONFIRMAR O DIAGNOSTICO ETIOLOGICO DAS ALERGIAS), PREZA TAMBEM EM SEGURANÇA ( MATERIAS PRIMAS SÃO TODAS IMPORTADAS, COM ELEVADO GRAU DE PUREZA E POR FIM SIMPLICIDADE ( FACIL APLICAÇÃO E MANUSEIO TECNICO PARA O MELHOR CONFORTO DOS NOSSOS PACIENTES )
NÓS PRESTADORES DE SERVIÇOS DESSE CENTRO DIAGNOSTICO EM ALERGIA , CONTINUAREMOS SEMPRE A DISPOSIÇÃO PARA A REALIZAÇÃO DESSES MODERNOS EXAMES E PARA PRESTAR AUXILIO A TODOS OS PACIENTES ALERGICOS QUE QUISEREM DESCOBRIR O TIPO DE PRODUTO PELO QUAL VEM SOFRENDO DA SUA ALERGIA.
AGENDEM SEUS TESTES ! E FIQUEM COM DEUS!!!
ARAÇATUBA: (18) 9948-0570 - WHATSAPP
ANDRADINA : (18) 99689-4862 - WHATSAPP
DRACENA : (18) 99180-8531 - WHATSAPP
NOVIDADES CHEGARÃO NO INICIO DE 2017 NO DIAGNOSTICO LABORATORIAL - PADRÃO EUROPEU EM DIAGNÓSTICOS !!!!
AGRADECEMOS A CONFIANÇA DE SEMPRE POR VOCES DEPOSITADAS EM NOSSOS PROFISSIONAIS.
ATENCIOSAMENTE
DR. ANTONIO BIEL
ALERGISTA E IMUNOLOGISTA - ASBAI
DIRETOR TECNICO DO CENTRO AVANÇADO DE DIAGNOSTICOS EM ALERGIA E IMUNOLOGIA.










segunda-feira, 5 de setembro de 2016

URTICARIA E NOVOS TRATAMENTOS


NOVAS PERSPECTIVAS TERAPEUTICAS PARA QUEM SOFRE DE URTICÁRIA



Estima-se que 20% da população mundial sofram com urticária em algum momento da vida. Mas apesar de ser comumente conhecida por uma reação alérgica, a urticária pode causar problemas que vão além da pele vermelha e coceira constante. 
Na urticaria crônica espontânea (UCE), os sintomas persistem por mais de 6 semanas e não há um agente conhecido causador da doença. Com isso, os pacientes sofrem não somente com os impactos das lesões avermelhadas, da coceira intensa e do inchaço geralmente doloroso, mas também com a insegurança de que a doença pode se manifestar a qualquer momento e em qualquer localidade.






Mais de 50% dos pacientes com UCE não respondem ao tratamento com antihistamínicos, atual terapia padrão. 
Para esses casos, o medicamento omalizumabe tem se destacado como uma nova opção para cessar os sintomas da doença. 

Os estudos em urticária  avaliam o impacto na qualidade de vida, uma medida importante, pois até 80% dos pacientes com UCE sofrem efeitos negativos, incluindo privação do sono, falta de disposição ansiedade, depressão e isolamento social. Aqueles que recebem omalizumabe tiveram quase o dobro da melhoria em qualidade de vida medida em comparação com placebo.
O medicamento foi recentemente aprovado pela União Europeia e nos Estados Unidos, o Brasil, teve sua aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em Dezembro de 2015, e já está disponível para tratamento em pacientes com urticária que sofrem cronicamente . 
Sobre a Urticária Crônica Espontânea
A UCE é uma condição grave e persistente da pele que afeta entre 0,5 e 1% da população mundial. Estima-se que cerca de 1 milhão de brasileiros sejam afetados pela doença e as mulheres são duas vezes mais propensas a serem diagnosticadas.
Nas formas mais graves da UCE, as lesões avermelhadas em diferentes regiões do corpo aparecem associadas à coceira intensa e ao inchaço geralmente doloroso, conhecido como angioedema.
 Esse tipo de urticária se apresenta espontaneamente, a qualquer hora e em qualquer local, ou seja, não há um agente causador conhecido. Existem pacientes que apresentam vários episódios ao longo do mês. Outra característica é sua duração, os casos crônicos podem durar anos, gerando desconforto e alto impacto na qualidade de vida do paciente.
Ela não é uma doença contagiosa, mas pode gerar rejeição social por expor manchas e inchaços que deformam a pele, principalmente quando afeta o rosto do paciente. Falta de energia, ansiedade, depressão e isolamento social são outras complicações causadas pela doença.
O ideal se você sofre de urticária ha mais de 6 semanas ou se sua urticária aparece e desaparece periodicamente , procure um alergologista e imunologista para fazer o diagnóstico e propor a melhor forma terapêutica pelo protocolo Europeu. 




sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Diferenças entre Rinite e Sinusite

A Rinite é uma inflamação da mucosa do nariz e pode ter várias causas. Um resfriado, por exemplo, não deixa de ser uma rinite, do tipo infecciosa. Mas normalmente quando as pessoas falam em rinite estão se referindo a queixas mais duradouras (ou pelo menos recorrentes) causadas, por exemplo, pela rinite alérgica .
 Os sintomas mais frequentes da rinite são a coriza (secreção clara que escorre do nariz), os espirros, a coceira no nariz e o nariz entupido. 
Já a sinusite é uma inflamação da mucosa que reveste os seios da face (também chamados de cavidades paranasais). Os seios da face são espécies de câmaras de ar que ficam ao redor do nariz, forradas internamente por uma mucosa muito parecida com a do próprio nariz. Essa mucosa que reveste internamente os seios da face produz muco, exatamente como a mucosa do nariz. Esse muco drena para dentro do nariz por pequenos orifícios que comunicam os seios da face com as fossas nasais. 

Se por acaso esses orifícios ficam obstruídos (seja por secreção, pelo inchaço da própria mucosa ou por outra causa), o seio da face pode tornar-se uma cavidade sem comunicação com o nariz, totalmente selada, também sem aeração. Assim como acontece com as paredes de um quarto quando o deixamos totalmente trancado (sem ventilação) por muito tempo, a mucosa que reveste os seios da face vai ficando doente, inflamada. O muco que ela produz também não tem para onde ir e acaba acumulando no seio da face e facilitando a proliferação de bactérias. Está formada a sinusite. 
A sinusite pode ser dividida em aguda e crônica. A aguda é aquela que se manifesta em crises, causando forte dor facial, abundante secreção purulenta no nariz, tosse e febre. Já na sinusite crônica os sintomas são mais discretos, mas mais frequentes. Ela pode se manifestar como uma tosse persistente ou uma secreção que drena do nariz para a garganta. Mas o que mais se associa à sinusite crônica é a Cefaléia ( dor de cabeça ) , em especial aquela entre os olhos. Aliás, quando a maior parte das pessoas afirma ter sinusite está se referindo justamente a esse sintoma: a dor de cabeça na testa ou entre os olhos.

Mas é claro que a confusão entre rinite e sinusite não é apenas falta de informação. Existe realmente uma área de interseção entre elas. Ambas, por exemplo, causam obstrução e secreção nasal. A rinite, muitas vezes, desencadeia uma sinusite. Portanto a associação em muitos casos é real.
Por último, é preciso esclarecer algo: a rinite realmente não tem "cura" na maior parte dos casos, mas sim controle, embora possa amainar com o tempo. Já a sinusite, ao contrário, tem cura na maior parte dos casos. 

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

VACINA CONTRA DENGUE !!!

O Centro Avançado de Diagnósticos em Alergia e Imunologia traz a toda região em primeira mão :



VACINA CONTRA DENGUE !!!




PESSOAS DE 9 A 45 ANOS PODERÃO RECEBER A IMUNIZAÇÃO COM INTERVALO DE 6 MESES ENTRE AS DOSES , SERAO NO TOTAL 3 DOSES PARA SEREM REALIZADAS NUM PERÍODO DE 1 ANO.

Vale destacar que a vacina NÃO protege contra os vírus Chikungunya e Zika.

PARA MAIS INFORMAÇÕES E RESERVAS DE VACINAS


(18) 3822-1070 E (18) 991808533



www.antoniobielalergista.com



Com a vacina poderemos ajudar no combate da transmissão desse vírus tão ofensivo a nossa população !



Clinica de Alergia e Imunologia Dr. BIEL , a prevenção sempre foi e será nosso lema !!!!!!

sexta-feira, 4 de março de 2016

Manifestações Cutâneas de Doenças Renais

Os rins são órgãos de importância vital ao funcionamento do organismo humano. Eles são responsáveis pela excreção de subprodutos metabólicos, pela regulação do volume e composição do líquido extracelular, pela manutenção do equilíbrio acidobásico e da pressão sanguínea e pelo estímulo para a produção de hemácias pela medula óssea. Um dano parcial ou total à estrutura e/ou à função dos rins gera alterações em diversos tecidos e sistemas. A pele, nesse contexto, pode fornecer ao clínico sinais valiosos para o diagnóstico de insuficiência renal ou dados que permitam predizer melhora ou piora de um sintoma preexistente.
A seguir, estão relacionadas as características, prevalências e mecanismos fisiopatológicos das principais alterações cutâneas que se apresentam em pacientes com insuficiência renal. Ressalta-se que as alterações cutâneas são observadas com mais frequência na doença renal crônica, sendo extremamente raras na insuficiência renal aguda.


Xerose Cutânea

Também conhecida como ressecamento da pele, a xerose cutânea, ou xerodermia, é a manifestação dermatológica de mais ocorrência em paciente com algum grau de disfunção renal, acometendo quase 80% dos casos. Embora, cientificamente, não tenha sido evidenciada diferença na hidratação da camada córnea ou aumento de perda hídrica transepidérmica em pacientes nefropatas, em relação aos sem doença renal, vários estudos relacionam direta e proporcionalmente a atrofia das glândulas sebáceas e écrinas e a intensidade do ressecamento e do prurido nesse grupo de pacientes. Esse processo explica, pelo menos em parte, os altos índices de xerodermia e o grau variado de prurido apresentado nos pacientes com doença renal crônica. O diabetes melito – importante causa de insuficiência e falência renal, também responsável, a longo prazo, pela atrofia das glândulas produtoras de sebo e suor –, e o uso de diurético – comum nos pacientes em tratamento conservador para nefropatias e na hipertensão arterial –, podem, de modo ainda incerto, contribuir para um aumento da xerodermia nesses pacientes.

Palidez

A anemia é comum em pacientes com doenças renais. Os rins saudáveis produzem um hormônio chamado eritropoetina, que estimula a medula a produzir o número apropriado de glóbulos vermelhos necessários para distribuir o oxigênio aos órgãos vitais. Os rins doentes, entretanto, frequentemente não produzem eritropoetina suficiente. Consequentemente, a medula fabrica poucos glóbulos vermelhos, gerando, na cútis, uma tonalidade pálida, que pode ser observada durante o exame atento da mucosa conjuntival e das regiões palmoplantares do indivíduo. Outras causas comuns de anemia incluem a perda de sangue no circuito da hemodiálise e os baixos níveis de ferro e de ácido fólico, dois nutrientes dos glóbulos vermelhos que participam da formação da hemoglobina e da estrutura da hemácia respectivamente.
A palidez é uma manifestação comum, ocorrendo em torno de 60% dos pacientes, e tem muita importância no diagnóstico, pois, apesar de ser um sinal precoce, contribui consideravelmente com a morbidade e mortalidade do indivíduo.



Prurido

Pacientes com insuficiência renal crônica podem queixar-se de um prurido intenso nos estágios mais avançados da doença. O prurido indica presença de doença sistêmica subjacente em 50% dos casos e, portanto, não deve ser negligenciado. Esse sintoma merece uma minuciosa investigação tegumentar em busca de sinais morfotopográficos que revelem as principais áreas acometidas, a frequência do evento e a gravidade da limitação das atividades cotidianas do paciente. Por ser uma reclamação bastante subjetiva, sua prevalência nos estudos varia consideravelmente de um desconforto leve a um incômodo incapacitante.
O dorso é a área de ocorrência mais comum do prurido renal, e sua patogênese é multifatorial, estando relacionada intimamente à xerose e ao comprometimento da sudorese, ao hiperparatireoidismo secundário, à proliferação cutânea de mastócitos, à disfunção ou à proliferação de inervação cutânea anormal – brotamento de filetes nervosos visualizados por meio de imuno-histoquímica em pacientes em hemodiálise –, à elevação das citocinas mediadoras do prurido ou a outros metabolitos tóxicos, à elevação dos níveis de vitamina A e ao aumento dos níveis de opioides endógenos.
Tratamentos com hidratantes, emolientes, como a ureia, o lactato de amônio e os óleos, bem como com antipruriginosos tópicos, como a ducilamina e a capsaicina, têm efeito paliativo no quadro. A radiação ultravioleta parece ser boa opção terapêutica por ter efeito sistêmico mais duradouro e com menor risco se comparada aos tratamentos convencionais.


Hiperpigmentação

A hiperpigmentação difusa ocorre nos pacientes com insuficiência renal crônica (IRC), sobretudo após exposição solar. A retenção de urocromos, metabólitos proteicos da degradação da heme, ocasionam o acúmulo de uroporfirinas altamente carboxiladas no plasma e na pele. Como as porfirinas são normalmente excretadas pelos rins, níveis elevados dessas moléculas são esperados na IRC. Essas proteínas absorvem a luz solar com subsequente ativação e excitação de melanócitos com liberação de espécies oxigenadas reativas. Esses processos acarretam o surgimento da pigmentação castanho-amarelada na pele. Aventa-se também a possibilidade de haver acúmulo de carotenoides na pele em função da excreção renal diminuída, o que contribui com sua tonalidade amarelada.

Alopecia

Os cabelos dos pacientes com insuficiência renal são, em geral, secos, quebradiços e predispostos à queda. Isso ocorre em função da atrofia das glândulas sebáceas típica da enfermidade e do acúmulo potencialmente tóxico de metabólitos nas células da raiz dos cabelos.



Alterações Da Mucosa Oral

Xerostomia, ou ressecamento da mucosa oral, é um sintoma observado em 30% dos pacientes e é atribuído à respiração bucal e à desidratação. Queilite angular e ulcerações orais também são descritas, mas nenhuma dessas alterações é exclusiva da insuficiência renal, sendo possível a ocorrência de todas em situações de imunossupressão ou outras enfermidades sistêmicas crônicas.
O hálito urêmico ocorre quando a ureia, em altas concentrações séricas e consequentemente na saliva, é quebrada em amônia e volatilizada por meio da cavidade oral com odor sui generis de urina.


Unhas

A ocorrência das unhas meio a meio – half and half nail – é um sintoma típico da IRC. Caracterizam-se por uma metade distal rósea, vermelha ou acastanhada, que não perde sua cor após digitopressão, e uma metade proximal branca, associada à anemia crônica, que ocorre por alteração no leito.
Esse dado semiológico é mais frequente em pacientes com IRC associada ao diabetes melito.

Calcinose Cutânea

Alterações no metabolismo do cálcio e do fósforo, que acontecem frequentemente em pacientes nefropatas devido à hiperparatireoidismo secundário e terciário, são as causas de depósitos de sais de fostato de cálcio na derme e no tecido celular subcutâneo, configurando o quadro de calcinose cutânea. Quando esses sais obliteram a luz de vasos sanguíneos, observa-se eventos isquêmicos trombóticos que apresentam repercussões clínicas variadas conforme o calibre e a área de nutrição dos vasos ocluídos.

Neve Urêmica

Trata-se de uma rara manifestação cutânea observada em pacientes com níveis séricos de ureia superiores a 200 mg/dL. A neve ou geada urêmica consiste em cristalização da ureia, após sua excreção pelo suor e evaporação do seu conteúdo líquido. As áreas de mais ocorrência são a face, o pescoço e o tronco. Hoje em dia, em função dos avanços da hemodiálise, esse evento tem sido cada vez menos observado.


quinta-feira, 3 de março de 2016

LIQUEN PLANO

O líquen plano é uma doença inflamatória mucocutânea, ou seja capaz de atingir a pele, mucosas e também anexos , como cabelos e unhas. Trata-se de uma condição benigna, porém de longa duração e muito incômoda por causa de seus sintomas.
A causa exata do líquen plano ainda é desconhecida. Algumas hipóteses sobre suas causas são aventadas, como: imunológica, psicogênica, neurológica, infecciosa ou ainda causada por metais pesados como ouro e mercúrio.
Os fatores de risco envolvidos na ocorrência de líquen plano incluem:
  • Exposição a metais pesados como ouro e mercúrio
  • Portadores de hepatite C
  • Pacientes muito ansiosos e com quadro de depressão.





O líquen plano afeta principalmente adultos de meia idade ( cerca de 30 anos), sem predileção por sexos e é menos comum em crianças.
Os principais sinais e sintomas de líquen plano incluem:
Lesões orais
  • O líquen plano oral é uma forma de líquen plano e pode ou não estar associada a lesões de pele. As manifestações são mais comuns na mucosa oral , porém pode afetar qualquer outra mucosa do corpo
  • Pode se apresentar de várias formas, dentre elas: bolhosa, em placa, hipertrófica ( placa mais grossa), papulosa, erosiva
  • Pode ser doloroso
  • São localizados nas laterais da língua, parte interna da bochecha e gengiva
  • Se apresentam como manchas azuis esbranquiçadas
  • Formam linhas em forma de uma rede
Lesões de pele
  • São normalmente encontradas na parte interna dos pulsos, pernas, genitais
  • Coçam muito
  • Aparecem simetricamente ( em ambos os pulsos por exemplo)
  • Ocorrem em lesões únicas ou múltiplas
  • Podem ser cobertos por finas listras brancas (chamados de estrias de Wickham)
  • Têm aparência brilhante e escamosa
  • Possuem uma coloração vermelha-arroxeada na pele



DIAGNOSTICO:
O médico pode concluir o diagnóstico baseando-se apenas na aparência das lesões presentes na pele e na boca.
Se necessário for, uma biópsia de lesão pode confirmar o diagnóstico de líquen plano. Exames de sangue podem ser feitos para descartar outras possíveis, causas, como hepatite.
Os principais objetivos do tratamento para líquen plano consistem em reduzir os sintomas, acelerar a cura e promover melhora na qualidade de vida do paciente. Ele inclui:

  • Medicamentos antihistamínicos, para aliviar a coceira
  • Medicamentos orais que acalmem o sistema imunológico, como corticóides e em casos mais graves como ciclosporina , metotrexate
  • Medicamentos orais da classe dos retinoides ( derivados de vitamina A) que podem controlar a proliferação exagerada de queratina ( exclusivo para o líquen plano hipertrófico)
  • Enxaguantes bucais com lidocaína para anestesiar a área e tornar a alimentação mais confortável (para lesões bucais)
  • Corticosteroides tópicos
  • Injeções de corticosteroides na lesão
  • Terapia com luz ultravioleta com UVA ou UVB

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Evite problemas respiratórios - Limpeza do Ar Condicionado

Ar poluído com bactérias e fungos em ambiente fechado é sinônimo de problema respiratório. Por essa razão, a limpeza dos aparelhos de ar-condicionado é fundamental para a manutenção do bem-estar em casa ou no ambiente de trabalho.
O ideal é contratar uma limpeza profissional no mínimo uma vez por ano, para que o técnico faça a retirada do equipamento. Os responsáveis técnicos precisam ser habilitados pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea). A legislação que rege sobre o tema – Portaria 3.523 do Ministério da Saúde – determina a limpeza de filtros e dutos de ar regularmente.
Além de prevenir problemas de saúde, evita problemas no aparelho. Se não cuidar, o conserto pode ficar mais caro do que a manutenção para prevenção dos problemas. Já para ambientes com grande circulação de pessoas, como os empresariais,  a limpeza do ar e dos dutos precisa ser feita pelo menos de seis em seis meses. 
A falta de limpeza faz com que se acumulem poeira, ácaros, bactérias e fungos dentro dos aparelhos. Ao ligar o condicionador, as impurezas vão junto com o ar para o ambiente, entrando nas vias respiratórias. Ao ligar o condicionador, as impurezas vão junto com o ar para o ambiente, entrando nas vias respiratórias e aumentando o risco de pneumonia, principalmente para quem tem alergias, como rinite, asma ou bronquite.
Nos aparelhos de ar-condicionado residenciais, os próprios moradores podem fazer a retirada do filtro para lavar, uma vez por semana. Vale aproveitar para expor a peça ao sol. A falta de limpeza nos aparelhos pode ocasionar doenças respiratórias nos empregados de uma empresa. É preciso beber bastante água durante o período de exposição ao ar-condicionado. A periódica dos filtros é recomendada. Os dutos de ar dos carros também devem ser higienizados regularmente.