Durante a infância, as amídalas
somente deverão ser retiradas em situações excepcionais, principalmente se a
criança tiver menos de três anos.
As indicações de cirurgia das amígdalas devem obedecer a critérios muito
restritos.
O tecido linfóide, de que são
constituídas as amídalas e adenóides, é relativamente pequeno ao nascimento e
vai aumentando gradativamente até os seis ou oito anos de idade, para depois
involuir. Essa é a razão porque as crianças entre um e oito anos têm amígdalas
e adenóides grandes. Elas formam um anel, o anel linfóide de Waldeyer, que
constitui uma verdadeira barreira para defender o organismo de infecções
respiratórias, comuns na infância, também responsáveis pelo aumento de volume
das amígdalas e adenóides, quanto mais infecções respiratórias, maior seu
tamanho.
Nas
crianças que tomam mamadeiras na posição deitada, após completarem dois anos e
meio de idade, ocorre o refluxo do leite para o nariz, que constitui um fator
irritativo e contribui para um maior aumento das adenóides. Esse aumento
exagerado pode dificultar bastante a respiração nasal, a criança passa a
respirar pela boca, a viver de boca aberta, a roncar, a babar, a ter crises de
apnéia (falta de ar) durante o sono, corrimento nasal crônico, alterações na
fala, no palato, na arcada dentária, na audição, a ter otites médias de
repetição e sinusite crônica. Essas alterações podem justificar a retirada das
adenóides, poupando-se ou não as amígdalas.
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