sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Quando e porquê deve-se retirar as amígdalas?





Durante a infância, as amídalas somente deverão ser retiradas em situações excepcionais, principalmente se a criança tiver menos de três anos.
As indicações de cirurgia das amígdalas devem obedecer a critérios muito restritos.
O tecido linfóide, de que são constituídas as amídalas e adenóides, é relativamente pequeno ao nascimento e vai aumentando gradativamente até os seis ou oito anos de idade, para depois involuir. Essa é a razão porque as crianças entre um e oito anos têm amígdalas e adenóides grandes. Elas formam um anel, o anel linfóide de Waldeyer, que constitui uma verdadeira barreira para defender o organismo de infecções respiratórias, comuns na infância, também responsáveis pelo aumento de volume das amígdalas e adenóides, quanto mais infecções respiratórias, maior seu tamanho.
Nas crianças que tomam mamadeiras na posição deitada, após completarem dois anos e meio de idade, ocorre o refluxo do leite para o nariz, que constitui um fator irritativo e contribui para um maior aumento das adenóides. Esse aumento exagerado pode dificultar bastante a respiração nasal, a criança passa a respirar pela boca, a viver de boca aberta, a roncar, a babar, a ter crises de apnéia (falta de ar) durante o sono, corrimento nasal crônico, alterações na fala, no palato, na arcada dentária, na audição, a ter otites médias de repetição e sinusite crônica. Essas alterações podem justificar a retirada das adenóides, poupando-se ou não as amígdalas.

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