terça-feira, 30 de outubro de 2012


HIPERTENSÃO INFANTIL


Você sabia que criança também tem hipertensão? Pois é, tem sim, e para conhecer melhor como se detecta, quais as causas e consequências da hipertensão infantil visite o site http://www.sbh.org.br  neste site você encontrará para além da informação sobre hipertensão infantil, muitas outras dicas relativas a saúde do bebê.


10 coisas que você precisa saber sobre a hipertensão:
1.A hipertensão arterial pode ser de dois tipos: hipertensão secundária – quando é causada por outra doença, como um problema renal; e hipertensão essencial, a qual não tem causa definida. Ambas as formas da doença podem acometer idosos, adultos, jovens e crianças.
2.Todos devem ter a sua pressão aferida regularmente, inclusive as crianças, durante as consultas ao pediatra.
3.Enquanto no adulto saudável, a pressão ótima é abaixo de 120/80mmHg (12 por 8), na faixa etária até os 18 anos esse dado não é arbitrário. Os níveis que configuram a hipertensão são avaliados pelo médico levando-se em conta idade, sexo e estatura.
4.Entre as crianças e adolescentes, a hipertensão essencial está geralmente associada ao estilo de vida – sedentarismo e má-alimentação, principalmente o sobrepeso e a obesidade.
5.A hipertensão essencial raramente apresenta sintomas, só podendo ser diagnosticada por meio da medida da pressão.
6.O estilo de vida das crianças e adolescentes geralmente está associado aos hábitos dos pais. É importante que estes dêem o exemplo desde cedo.


7.Em grande parte dos casos, a hipertensão do adulto começa na infância. Nessa fase, mesmo a forma leve da doença é capaz de provocar alterações danosas ao organismo, como o aumento do coração e seu mau funcionamento, problemas nos rins e alterações nos vasos sangüíneos dos olhos. As alterações podem trazer complicações graves na idade adulta.
8.Os cuidados começam na gestação. Pesquisas relacionam a nutrição da gestante, o desenvolvimento fetal e a dieta do lactente com o surgimento de doenças cardiovasculares e renais no futuro.
9.O leite materno é considerado a dieta ideal para o lactente até seis meses de idade. O aleitamento artificial pode produzir ganho de peso excessivo e contribuir para o surgimento de obesidade infantil.
10.Na maioria dos casos, é possível tratar a hipertensão essencial em crianças e adolescentes sem medicamentos. O tratamento é feito com alterações na dieta – que deverá incluir frutas, verduras e pouco sal, e com um programa adequado de atividade fisica.


DR. ANTONIO CARLOS DE OLIVEIRA BIEL
Alergista e Imunologista – ASBAI – Associação Brasileira Alergia e Imunopatologia
Especialista em Pediatria – SBP – Sociedade Brasileira de Pediatria

Prurigo estrófulo

O que é?
O prurigo estrófulo é um quadro comum na infância que surge em decorrência de uma reação de hipersensibilidade à picada de insetos, como mosquitos ( pernilongos ) e pulgas.
É frequente o seu aparecimento após frequentar locais onde existam muitos mosquitos ou após o contato com animais como cães e gatos infectados por pulgas.



Manifestações clínicas
A doença tem como característica o surgimento na pele de pápulas (pequenas lesões elevadas) avermelhadas e vesículas (pequenas bolhas) principalmente nas áreas expostas a picadas de insetos, como as pernas e os braços, mas que podem se disseminar também pelo tronco, sempre acompanhadas de coceira intensa.
As lesões permanecem por vários dias e é comum o aparecimento de novas lesões mesmo sem a ocorrência de novas picadas. Devido ao ato de se coçar, as vesículas se rompem deixando áreas erosadas (feridas) e/ou recobertas por crostas amareladas ou de sangue coagulado. Pode ocorrer infecção bacteriana secundária à coçadura, com surgimento de secreção com pus nas lesões.





Tratamento
O tratamento do prurigo estrófulo consiste no uso de medicamentos para controlar a coceira (antihistamínicos) e a reação inflamatória desencadeada pela hipersensibilidade (corticosteróides). As doses e duração do tratamento devem ser definidas pelo médico especialista, de acordo com cada caso. Se houver infecção bacteriana secundária, esta também deve ser tratada com antibióticos de uso local ou por via oral.
É importante evitar novas picadas de insetos, através do uso de repelentes, mosquiteiros e inseticidas. Os animais domésticos devem ser tratados e observados continuamente para evitar a infestação por pulgas.
Também pode ser tentada uma dessensibilização do paciente com o uso de vacinas dos insetos mais comumente envolvidos na causa do prurigo estrófulo ( com ótima eficácia atualmente ).
Dr. Antonio Carlos de Oliveira Biel – CRM: 98674
Alergologista e Imunologista Clinico – Adultos e Crianças
ASBA- Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia



 Imunoterapia é a solução!!!


A alergia é uma resposta exagerada do nosso sistema de defesa, em geral, contra substâncias inofensivas. Geralmente começam na infância e persistem por anos, muitas vezes por toda a vida. Elas também podem se desenvolver em qualquer idade, e quem tem uma doença alérgica tem alto risco de desenvolver outras mais.
A boa notícia é que pessoas alérgicas podem viver sem sintomas e o nome do “antídoto” é imunoterapia, atualmente a única intervenção médica capaz de mudar a trajetória de aumento global das doenças alérgicas, de acordo com a Academia Europeia de Alergia e Imunologia Clínica (EAACI, sigla em inglês). O tratamento nada mais é do que o uso continuado de vacina, por determinado período. O soro estimula um subconjunto de linfócitos (a chamada “regulação das células T”) que treinam o sistema imunológico para ignorar determinadas substâncias que provocam a alergia.

A imunoterapia tem sido indicada, principalmente, para pacientes mais graves ou difíceis, que não podem mais usar os medicamentos convencionais de combate a alergias, seja por falta de eficácia ou pelos adversos inaceitáveis (devido, muitas vezes, à predominância de corticosteróides). Mas grandes avanços tecnológicos na qualidade e na formulação dos extratos dos soros, aliados a uma compreensão mais profunda dos mecanismos das doenças alérgicas, trouxe a imunoterapia para a primeira linha dos tratamentos.
Ela se mostra igualmente ou mais eficaz que os tratamentos farmacológicos no alívio dos sintomas da rinite e da asma, por exemplo. E, ao contrário de medicação “sintomática”, os benefícios da imunoterapia continuam presentes por vários anos após a interrupção do tratamento. Além disso, com os crescentes custos dos medicamentos mais novos e o aumento de alérgicos em todo mundo, a dependência contínua das drogas é insustentável.
Quem já tentou se tratar com imunoterapia pode ter desistido pelo fato de que a administração das substâncias era feita com injeções semanais. A segunda boa notícia de hoje é que os laboratórios já oferecem terapia sublingual (como as vacinas dadas às crianças), o que, além de não ser doloroso, evita as visitas semanais ao consultório.

As gotinhas funcionam da mesma forma que as injeções, tanto em pessoas com alergias sazonais  – como nesses meses secos – ou durante todo o ano. Há décadas, a imunoterapia tem sido usada na Europa e ganhou ampla aceitação nos EUA.
Que tal experimentar? Ou você quer passar a vida abraçado a uma caixa de lenços?…

Dr. Antonio Carlos de Oliveira Biel – CRM: 98674
Alergologista e Imunologista Clinico – Adultos e Crianças
ASBA- Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia

quarta-feira, 11 de julho de 2012

INTOLERANCIA A LACTOSE - DIAGNOSTICO

A CLINICA DE ALERGIA E IMUNOLOGIA DR. BIEL com as Unidades : Dracena, Andradina e Araçatuba traz a partir de hoje para toda a região do Oeste Paulista e Mato Grosso do Sul o que tem de mais moderno na EUROPA no Diagnostico das intolerancias Alimentares , o GASTROLYZER +.







Moderno aparelho que mede o fluxo do hidrogenio expirado, para o diagnóstico das intolerancias alimentares em crianças e adultos.
Este moderno sistema , de uma empresa Inglesa , detecta a presença de intolerancia à lactose, detecta a má absorção da lactose, frutose, sacarose, galactose.







A principal diferença entre as ALERGIAS ALIMENTARES e INTOLERANCIAS ALIMENTARES , agora pode ser diagnosticada por completo com este moderno aparelho que estamos trazendo para a nossa clinica.
Todos os medicos que trabalham com crianças e adultos intolerantes a alimentos que não apresentem alergia aos alimentos podem usufruir deste metodo diagnostico que trazemos de forma pioneira e inovadora para nossa região.
Tentaremos com isso atender a todos as solicitações de exames vindos dos colegas medicos , principalmente das especialidades afins como Pediatria e Gastroenterologia, bem como dos nossos pacientes de nossas 3 unidades ( DRACENA, ANDRADINA e ARAÇATUBA).
O teste da LACTOSE atraves do Hidrogenio Expirado, é um TESTE Não Invasivo e preciso de alta sensibilidade. É o teste mais recomendado na detecção de intolerancia à Carboidratos.
Para o diagnóstico chega de SOFRIMENTO, não há necessidade de coleta de amostras de sangue, tudo agora é feito através da respiração tanto em Adultos como em Crianças.
Basta um jejum de 4 horas  para crianças e de 10 horas para adultos e o agendamento do exame pode ser feito direto pelo telefone : 018-9180-8533 ou 018- 3822-1070 ou atraves do email : biel@clinicabiel.com.br




Para a realização do exame serão feitas as medidas do hidrogenio exalado, ou seja, o quanto de hidrogenio o paciente com suspeita de INTOLERANCIA A LACTOSE, exala após a ingestão de lactose, caso ocorra o aumento do hidrogenio em relação a medida basal, significa que a lactose não foi metabolizada pela enzima Lactase.
A lactose não absorvida no intestino delgado fica sujeita a ação de bactérias intestinais liberando o hidrogenio que desta forma é encontrado no ar exalado do paciente.



Com isso , e trazendo para nossa CLINICA , este moderno exame, que hoje é realizado na Europa e grandes Centros, atingimos mais um dos objetivos planejados com o investimento para a modernizaçao dos atendimentos dos nossos queridos pacientes e dos pacientes encaminhados do nossos queridos colegas medicos de toda a região.
O Dr. Antonio Carlos de Oliveira Biel - Diretor Medico e Tecnico da empresa Biel & Biel Serviços Medicos LTDA , cuja matriz é a cidade de Dracena - SP,  reforça o compromisso com todos os parceiros, medicos , laboratorios, empresas medicas , multiclinicas e aos nossos pacientes principalmente que sempre acreditaram no nossos serviços prestados, que os investimentos e os atendimentos sempre terão o objetivo de melhorar a qualidade nos procedimentos por nós prestados. 
Ficamos a disposiçao para eventuais duvidas : email: biel@clinicabiel.com.br







terça-feira, 3 de julho de 2012

URTICARIA CRONICA


URTICARIA CRONICA:


A urticária é uma doença que acomete 15 a 25% dos individuos da população em geral,  em algum momento da vida. Estima-se também que 0,1 % da população examinada em consultas dermatologicas apresente urticária.
Entre os pacientes com Urticaria , 50 % apresentarão a doença por pelo menos um ano e 20 % alem de 20 anos.
Observa-se também que quando a urticária ocorre associada ao Angioedema o prognóstico é pior, predispondo 75 % destes pacientes a apresentar este quadro por um periodo superior a 5 anos.

Definimos Urticaria Cronica como aquela que aparece pelo menos 4 x por semana , por um periodo não inferior a seis semanas.
Embora a urticaria seja comum em qualquer idade, observamos que a Urticaria Aguda é mais frequente em crianças e adultos jovens, enquanto que a Urticaria Cronica ocorre , em geral , na meia idade.
Entre as Urticarias Cronicas  pelo menos 70 % terão causa indefinida após uma investigação detalhada , ou seja, serão classificadas como urticarias cronicas idiopáticas.
A incidencia de Urticaria Cronica Idiopatica é desconhecida, porém estima-se uma variação de 0,1 % a 3 % na população em geral, sendo mais comum nas mulheres , numa proporção de duas mulheres para cada homem.
Acredita-se que o diagnóstico da Urticaria Cronica como idiopática ocorra por impossibilidade de estabelecermos a sua etiologia , já que a mesma nem sempre está associada a uma etiologia única, expressando uma manifestação cutanea de diversas doenças subjacente .
Assim sendo , a pesquisa etiológica da Urticaria Cronica é uma tarefa árdua, por vezes sem sucesso, contudo deve ser realizada , pois diversas patologias podem estar a ela associadas, entre as quais doenças sitemicas ou internas.

A literatura relata diversas condições ou doenças relacionadas à etiologia da urticária ou do angioedema.
Dentre os fatores etiológicos, as doenças internas ocupam um espaço ainda controverso. Diversos estados mórbidos como infecções, infestações, malignidades internas , leucemias , linfomas , mieloma multiplo, carcinomas de cólon, reto, fígado, pulmões e ovários tem sido referidos por varios autores como associados a Urticaria Cronica.

Doenças endócrinas: diabetes mellitus, o hiper ou hipotireoidismo, o hiperparatireoidismo, as ovariopatias endócrinas e a dermatite auto-imune à progesterona estão também envolvidas no universo etiológico da urticaria e do angioedema, bem como diversas doenças mediadas por imuno-complexos, entre elas o lupus eritematoso sistêmico, a artrite reumatóide e a urticária vasculite.

Recentemente, a associação da urticária crônica à infecção pelo Helicobacter  pylori e à produção de auto-anticorpos dirigidos aos receptores da IgE na membrana dos mastócitos têm sido abordadas na literatura.

O diagnóstico etiológico da urticária/angioedema crônico (UAC) é complexo, exigindo sempre uma anamnese bem elaborada e detalhada, com objetividade, para a qual recomendamos sempre o auxílio de um protocolo orientador. Contudo, como observado anteriormente, a maioria dos casos de UAC permanecem sem causa definida, sendo então classificados como idiopáticos, apesar dos esforços da anmanese, do exame físico detalhado e dos exames complementares dirigidos.

Foi realizado um estudo prospectivo em crianças com urticária aguda. O grupo foi constituído por 57 crianças de um a 36 meses de vida, sendo 40 avaliadas pelo período de dois anos. Mais de 50% das crianças tinham doença atópica associada, com a etiologia da urticária identificada ou suspeita em 92% dos casos. Em 18 casos a causa provável foi um infecção viral, sendo que em 12 houve ingestão medicamentosa concomitantemente à doença. As viroses identificadas foram atribuídas ao adenovírus, vírus de Epstein-Baar, enterovírus, vírus sincicial respiratório, rotavírus e vírus da varicella-zoster. Após dois anos de seguimento dos 40 casos, 30% destas crianças ainda demonstravam urticária, de forma recorrente ou crônica.
Outro estudo avaliou 136 pacientes com UC e observou que doenças como úlcera péptica, colelitíase e doença tireoideana ocorriam muito mais freqüentemente na população com UC, quando comparada à população em geral. Apesar disto, o tratamento intensivo dirigido a estas doenças não melhorou o prognóstico da urticária em todos os casos.


URTICÁRIA - EXAME FÍSICO

O exame físico é indispensável na pesquisa etiológica da UAC e deve incluir a inspeção da pele e seus anexos, das mucosas, a palpação das cadeias ganglionares, dos orgãos abdominais, o exame do tórax e conjuntamente à anamnese orientar a necessidade e a direção dos exames complementares.

INFECÇÕES E URTICÁRIA

A urticária pode ser uma manifestaçào de infecções bacterianas, virais ou fúngicas.

INFECÇÕES FÚNGICAS E URTICÁRIA

Relata-se a associação entre UC e a presença de dermatofitoses, candidíase vaginal e infecções urinárias fúngicas.

INFECÇÕES BACTERIANAS E URTICÁRIA

Entre as diferentes formas de infecções que podem estar envolvidas na etiologia das urticárias encontram-se as infecções dentárias, as sinusites e amigdalites, as infecções urinárias, as colecistites e as gengivites. O mecanismo pelo qual as infecções bacterianas poderiam causar a urticária seria a ativação do complemento, seja por via clássica (formação de imunocomplexos) ou pela via alternativa (toxinas bacterianas), com liberação de C3a e C5a determinando a degranulação de mastócitos e basófilos.
Deve-se ressaltar que os dados publicados não estão confirmados por estudos controlados, além do fato de que em muitos casos não se estabeleceu uma relação de causa e efeito, pois por vezes o tratamento da infecção suspeita não controla ou remite a urticária.

A associação da sífilis secundária com a urticária ao frio foi descrita, sendo determinada por anticorpos IgG hemolíticos, denominados de anticorpos de Donath-Landsteiner.

Na literatura somam-se diversos artigos propondo a associação entre a urticária crônica e infecção pelo Helicobacter pylori. A leitura destes trabalhos necessita de uma visão crítica apurada, uma vez que este agente infeccioso é muito prevalente na população humana. O H. pylori é uma bactéria microaerófila gram negativa, e tem sido responsabilizada como a principal causa da gastrite, das úlceras pépticas e como um forte fator de risco do câncer gástrico e do linfoma do tubo digestivo. Ele coloniza cerca de 50% da população em geral, sendo encontrada em 90 a 100% das úlceras duodenais, 75% das gástricas e em 50 a 60% dos pacientes com sintomas dispépticos. A pesquisa da bactéria é realizada por diversos métodos diretos endoscópicos no tubo digestivo (histopatologia, cultura de fragmento de biópsia, teste rápido da urease), ou então por métodos não invasivos, como pelo teste respiratório da uréia ou pelo exame sorológico, através do ELISA, valorizando-se especialmente a pesquisa da IgA ou IgG, para o diagnóstico,
uma vez que a sorologia confere sensibilidade de 88 a 99% e especificidade de 86 a 95%.


INFECÇÕES VIRAIS E URTICÁRIA

A infecção crônica pelo vírus da hepatite A, B e C, Epstein-Barr e Coxsackie A e B podem ser causas da urticária, sendo citados freqüentemente em protocolos de investigação, entretanto seu papel na etiologia da urticária crônica ainda é incerto.
Estas infecções virais estão habitualmente relacionadas à Urticaria Aguda, mas podem associar-se também
à Urticaria Cronica. Relatou-se um doente em soro-conversão para o vírus da hepatite C e ainda casos similares com a hepatite B24. Freqüentemente, a urticária relacionada à infecção pelo vírus da hepatite B
apresenta-se de forma recorrente23. A UA pode, ocasionalmente, estar relacionada à infecção pelo vírus da hepatite A.


AUTO-IMUNIDADE NA URTICÁRIA

O desencadeamento da urticária pela presença de imunocomplexos tem sido descrita principalmente
no lupus eritematoso sistêmico. Diversos autores, estudando populações acometidas por lupus eritematoso sistêmico, encontraram uma freqüência de manifestação da urticária de forma variada, talvez refletindo aspectos diversos nas populações estudadas em diferentes países. Além disto, alguns relatam a urticária como manifestação do lupus, porém não distinguem as diversas formas da urticária, ou seja, não classificam diferentemente episódios de urticária aguda, crônica ou urticária vasculite.

A auto-imunidade é citada como causa freqüente da urticária crônica. Dentre elas estão as tireoidites
ou a presença de auto-anticorpos à tireóide e as doenças reumatológicas.
Os mastócitos e basófilos expressam receptores de alta afinidade na sua superfície (FceRIa) para a IgE. Atualmente, a urticária tem sido observada como uma doença auto-imune dos mastócitos com demonstração de anticorpos anti IgE e antireceptores de alta afinidade para IgE (FceRIa) da superfície
destas células, os quais podem determinar degranulação e liberação da histamina.
Estudos demonstraram que a injeção intradérmica de soro autólogo determina uma reação urticariforme em cerca de 60% dos pacientes com urticária crônica idiopática, denotando o envolvimento de fatores circulantes liberadores da histamina. Concluíram que há três grupos de pacientes com urticária crônica: um grupo com autoanticorpos funcionais circulantes ao FceRIa dos mastócitos e basófilos ou menos freqüentemente à IgE, outro, constituído por indivíduos com atividade liberadora de histamina específica a mastócitos, e, finalmente, um terceiro grupo de pacientes com teste do soro autólogo negativo e sem evidência de fatores circulantes liberadores de histamina.
Estes auto-anticorpos anti-FceRIa funcionais seriam do isotipo IgG1 e IgG3. Em doenças como a
dermatomiosite e pênfigo vulgar pode haver autoanticorpos anti-FceRIa, porém do isotipo IgG2 e IgG4, os quais não são capazes de liberarem histamina dos mastócitos e dos basófilos.
Demonstrou-se que os indivíduos com autoanticorpos anti-FceRIa e urticária crônica idiopática
apresentam um aumento da incidência do HLA-DR4. A hipótese de auto-imunidade é reforçada
pela verificação de que nos casos com UCI e com teste do soro autólogo positivo há um aumento
dos anticorpos antimicrossomais tireoideanos. Estas observações podem orientar uma nova abordagem
terapêutica para a UCI, resistentes ao tratamento convencional com anti-histamínicos, indicando-se nos casos mais graves o uso da plasmaferese, ou da gamaglobulina endovenosa e mesmo da ciclosporina.

Há alguns anos, o interesse quanto à etiologia da urticária e do angioedema tem sido dirigido à sua associação com doença tieoideana e/ou autoimunidade à tireóide. Lanigan et al. compararam três grupos de pacientes: um, com auto-imunidade à tiróide demonstrada, outro, com doença tireoideana mas sem produção de auto-anticorpos à tireóide, e um grupo-controle. Observaram que a urticária crônica estava significativamente associada aos de auto-imunidade à tireóide.

 Na população em geral estimou-se que 6% dos indivíduos normais apresentam os anticorpos antitireóide. A reposição hormonal não melhorou a UACI na maioria dos casos.


PARASITOSES E URTICÁRIA

A relação entre urticária/angioedema crônico e parasitoses é classicamente citada na literatura
especializada e pode ser um sintoma associado a uma infecção subclínica. As infecções parasitárias poderiam causar a urticária pelo estímulo ao aumento da IgE e eosinofilia. Todos os pacientes que demonstrem um aumento da IgE e eosinofilia devem ser investigados para parasitoses, principalmente
se a urticária é acompanhada de dor abdominal e/ou diarréia. Especialmente, relacionam-se como fatores etiológicos possíveis às urticárias a amebíase, giardíase, tricomoníase e escabiose, além da ascaridíase, triquinose, ancilostomose, estrongiloidíase, filariose, esquistossomose, hidatidose, equinococose e a toxocaríase.
As dermatofitoses e as candidíases têm sido relatadas como desencadeadoras da urticária.


URTICÁRIA E PROGESTERONA

A dermatite auto-imune à progesterona é um termo que reúne várias dermatoses relacionadas
ao ciclo menstrual, e é freqüente observar-se um teste intradérmico positivo à progesterona, anticorpos
à progesterona e imunocomplexos.
São relatados casos na literatura de urticária crônica relacionados ao período pré menstrual, de forma
cíclica e com teste intradérmico positivo ou negativo à progesterona. Sob o termo “Dermatite Auto-Imune
à Progesterona” são descritas a urticária crônica, o eritema polimorfo e reações eczematosas.

URTICÁRIA E MALIGNIDADE INTERNA

Há referências de urticária e angioedema associados a carcinoma de cólon, reto e pulmão, bem
como malignidades hematológicas, os linfomas de células B e T, doença de Hodgkin e leucemia.
Em um estudo abrangendo 1.155 pacientes com urticária crônica na Suécia, observaram-se 37 casos de canceres internos, sendo que 23 surgiram no mesmo ano ou após o aparecimento da urticária.
Esperavam-se estatisticamente um número de 41 casos de câncer nesta população estudada. Os
autores concluem que não houve relação entre o surgimento da urticária crônica e o câncer.

Parece-nos evidente que até o presente conhecimento a urticária e/ou o angioedema estejam relacionados
a várias afecções sistêmicas ou doenças internas. Estudos experimentais, clínicos prospectivos
e a meta-análise da literatura poderiam contribuir com o estabelecimento do nexo causal entre a urticária e o angioedema e as doenças internas ou sistêmicas. O paciente com urticária, especialmente crônica, permanece como um desafio à prática clínica, porém de forma cada vez mais
compreensível em relação ao passado recente.



DR. ANTONIO CARLOS DE OLIVEIRA BIEL
ALERGISTA E IMUNOLOGISTA.








quinta-feira, 28 de junho de 2012

ANAFILAXIA INDUZIDA POR EXERCICIOS DEPENDENTE DE ALIMENTOS

Essa é uma reação sistemica mediada por IgE que ocorre somente quando são preenchidos 2 criterios: 

I - ingestão do alimento implicado;
II - Exercicio Intenso algumas horas depois da ingestão do alimento.
Quando o alimento é ingerido sem exercício ou o paciente faz exercicio intenso sem ingerir o alimento não há reação clinica. 
A unica justaposição da ingestão do alimento alergenico com as alterações fisiológicas e metabólicas devidas ao exercício resulta na ativação de mastócitos. Utilizamos testes em esteira.
A doença usualmente aparece em adultos jovens atópicos.
Os alimentos implicados incluem salsão, Trigo, frutas , amendoim, peixe e crustáceos.





DR.ANTONIO CARLOS DE OLIVEIRA BIEL
ALERGISTA E IMUNOLOGISTA
CRM: 98674







O que é Sindrome de Alergia Oral ?

Prurido, irritação e edema leve ou urticaria no interior ou em torno da boca como parte da reação imediata à ingestão de fruta ou vegetal frescos caracterizam a Sindrome de Alergia Oral. 
Por definição, essa sindrome não coloca a vida em Risco. No entanto, há preocupação de que alguns casos de alergia sistemica a alimentos possam começar com sintomas orais leves e evoluir ao longo de exposições continuas.
Caracteristicamente o alimento envolvido é fonte de alérgeno apenas quando fresco e cru, pois as proteinas envolvidas usualmente são termolábeis. Por exemplo, um individuo pode tolerar salsão na sopa, mas não salsão fresco.
Ademais, supõe-se que esse tipo de alergia a alimentos é fortemente relacionado com alergia especifica a polens; estudos mostraram reações cruzadas de proteinas presentes na fruta ou no vegetal e nos polens comuns.
Os ensaios in vitro de IgE especifica com frequencia são NEGATIVOS, assim como os teste de punctura ( Prick test ) com extratos comerciais de frutas e vegetais. 
Se o teste de punctura for feito com macerado da fruta ou do vegetal frescos colhidos diretamente com a agulha do teste ( puntor ) , seguidamente é possivel observar reação imediata com pápula e eritema.
Este teste é chamado de "Prick to Prick = teste de punctura mais punctura ".
Há relatos de caso de Sindrome de Alergia Oral que diminui depois de um ciclo de imunoterapia para alergia a pólen concomitante.
Reações Cruzadas Polen X Alimentos na Sindrome de Alergia Oral:

Ambrosia:     melões, bananas, pepino.

Bétula :        maçãs, frutas de caroço ( abricó, cereja, ameixa), avelãs, Cenoura

Losna:         Salsão, Cenoura Algumas especiarias.

Gramineas:     Batata, Tomate, Pêssego.



Dr. Antonio Carlos de Oliveira Biel
Alergista e Imunologista
CRM: 98674








terça-feira, 29 de maio de 2012

MASTOCITOSE

A  Mastocitose é uma doença caracterizada pelo acumulo desordenado de mastocitos em varios orgaos, manifestando-se através de um amplo espectro de alterações clinicas. 
A sua prevalencia na população geral é dificil de determinar, pois muitos casos são autolimitados e/ou não diagnosticados, mas estima-se que na infancia esteja próxima de 5,4 casos em cada 1.000 crianças atendidas em clinicas de dermatologia pediatrica.
A Mastocitose é definida como sistemica quando ocorre um aumento anormal dos mastócitos em diferentes locais, alem da pele. 
Na Infancia , a doença é considerada , na maioria das vezes, uma condição benigna, cuja apresentação caracteristica é a cutanea : Mastocitoma, Urticaria Pigmentosa e Mastocitose Cutanea difusa.
O atrito ou escoriação das lesões causam urticação e eritema perilesional , caracterizando o SINAL de DARIER.
Embora os sintomas sistemicos sejam RAROS, evidencias de comprometimentos multiplos podem ser demonstradas em até 50 % dos casos, dependendo também do esforço feito para detectá-los.
A mastocitose pode envolver orgãos internos, incluindo a medula ossea, trato gastrintestinal, sistema esquelético e linforreticular ( baço, figado e linfonodos ). 
Os sintomas podem ser restritos ao órgão envolvido ou sistemicos, devido a liberação local ou generalizada de histamina ou outros mediadores. 
Os Mastocitos tem a capacidade de gerar uma grande quantidade de mediadores que são responsaveis por efeitos nos órgãos alvos, a curto e a longo prazo.
O conjunto de sintomas clinicos associados a mastocitose é o resultado do aumento da produção ou liberação desses mediadores, os quais agem tanto nos seus locais de produção quanto em zonas distantes da sua origem, independentemente da etiologia do aumento dos mastocitos ou da categoria da doença. 
Esses mediadores podem circular atraves dos vasos sanguineos ou linfaticos para produzir efeitos biológicos observados nos pacientes com mastocitose. 
O inicio das manifestações da mastocitose pode ocorrer em qualquer idade, porem, em mais da metade dos pacientes é visto entre o nascimento e os 2 anos. 
Embora muitos orgãos possam estar envolvidos, a apresentação mais comum é a cutanea. 
As expressões clinicas da mastocitose cutanea são TELANGIECTASIA MACULARIS ERUPTIVA PERSTANS, MASTOCITOMAS, MASTOCITOSE CUTANEA DIFUSA e URTICARIA PIGMENTOSA.
As 4 categorias tem caracteristicas clinicas que são devidas ao excesso de produção de mediadores dependentes dos mastócitos, embora alguns aspectos da doença possam predominar em um tipo especifico.
O diagnóstico da doença é suspeitado clinicamente e confirmado pela histologia.
Atualmente, a demonstração de um aumento de mastócitos em lesões cutaneas caracteristicas se constitui no teste padrão-ouro para o diagnóstico de mastocitose.
Em certos pacientes suspeitos da forma sistemica, mas nos quais faltam os sintomas e os sinais caracteristicos da doença, testes como niveis sericos ou urinários de mediadores de mastócitos ou seus metabolitos podem ser uteis ( histaminas, prostaglandinas D2, triptase e N-metil-histamina, entre outros ).
A Mastocitose Cutanea recebe a denominação de TELANGIECTASIA MACULARIS ERUPTIVA PERSTANS quando as telangiectasias são a caracteristica predominante, com pouca pigmentação e edema. Praticamente não ocorre na infancia, mas nos adultos ela é persistente e pouco responsiva ao tratamento.
Lesões solitarias chamadas de mastocitomas são umas das apresentações caracteristicas da mastocitose em pediatria.
Representam 15 % dos casos da molestia e na maioria das vezes , as lesoes involuem espontaneamente. Apresentam-se como nodulos vermelhos, rosas ou amarelados, com 3 a 4 cm de diametro, podendo ser multiplos.
Na infancia são assintomaticos ou com edema quando friccionados, podendo desencadear FLUSHING e hipotensão.
A Mastocitose Cutanea difusa é uma variedade rara e consiste de uma infiltração difusa da pele com mastocitos podendo ter lesões isoladas. Usualmente todo o tegumento ( pele ) está envolvido, manifestando-se através de um espessamento difuso, de consistencia empastada, semelhante ao couro, com coloração normal ou amarelo-acastanhada e prurido intenso. 
Os locais mais afetados são axilas e região inguinal, porem a apresentação pode ser sistemica com hepatoesplenomegalia.
Na infancia , entre as expressões cutaneas da mastocitose, a que ocorre com maior frequencia é a  URTICARIA PIGMENTOSA. 
Ela é vista em mais de 90 % dos pacientes com doença leve , e em menos de 50 % daqueles com mastocitose associada a doença hematologica ou com linfadenopatia e eosinofilia.
As lesões de Urticaria Pigmentosa caracterizam-se por máculas eritemato-acastanhadas ou papulas levemente elevadas e esparsas, com bordas pouco definidas. 
As palmas, plantas, face e couro cabeludo podem estar livres de lesões.
Traumas leves, incluindo escoriações ou atrito, normalmente causam urticação e eritema perilesional, conhecidos como SINAL DE DARIER.
Urticaria Pigmentosa está associada com uma intensidade variavel de prurido ( coçeira ), que pode ser exacerbado por alterações climaticas, fricção da pele, ingestão de bebidas quentes ou comidas condimentadas, alcool e certos medicamentos , todos mecanismos que favorecem a degranulação de mastocitos com a liberação de mediadores quimicos.
A Urticaria Pigmentosa, na maioria dos casos, evolui com regressão espontanea da doença, antes ou durante a puberdade. Porém, quando isso não ocorre, ou nos pacientes com alterações sanguineas perifericas, linfadenopatia, hepato ou esplenomegalia, deve ser realizada uma investigação sistemica mais detalhada, pois manifestações ou sinais clinicos só são evidentes quando o compremetimento já é extenso.  Amostras de tecidos linfaticos, baço , figado e mucosa gastrintestinal ajudam a definir a extensão da doença. 
Lesões cutaneas bolhosas podem manifestar-se e acompanhar todas as formas de mastocitose, porém , quando essa apresentação é a predominante, é denominada de MASTOCITOSE BOLHOSA. Esta variedade, mais rara, ocorre em crianças e está associada com envolvimento sistemico e prognostico mais reservado, inclusive com relato de casos que evoluiram a óbito. 
De acordo com Murphy, os pacientes com alto risco de choque ou morte subita seriam aqueles com lesões bolhosas extensas, sintomas de vasodilatação, flushing ou hipotensão e aqueles com inicio muito precoce da doença, ainda no periodo neonatal. 
Para essas crianças, estaria recomendado um acompanhamento mais cuidadoso e orientação dos pais com relação aos potenciais degranuladores de mastócitos. 
O envolvimento gastrintestinal pela mastocitose é relacionado na literatura como um evento não tão comum. 
As principais manifestações em crianças seriam os sintomas gastrintestinais por ulceração peptica e mal-absorção com atrofia de vilos. Hipersecreção gastrica, devida ao aumento plasmatico de histamina resultando em gastrite e ulcera peptica, seriam os problemas mais comuns, bem como diarréia e dor abdominal, relacionadas com mal-absorção em até um terço dos casos.
Além do comprometimento gastrintestinal a mastocitose pode atingir outros órgãos, como os sitstema linforreticular, sistema esqueletico e a medula óssea.
Hepatoesplenomegalia pode ser detectada em 40 % , envolvimento ósseo visto em radiografias em 57%, e alterações hematologicas , como anemia , leucocitose e eosinofilia em mais de 50 %.
Manifestações hepaticas e esplenicas, inclusive hipertensão portal e ascite, devida a fibrose hepatica, são mais comuns em pacientes com mastocitose associada com doenças hematologicas ou naqueles com mastocitose agressiva. 
A infiltração da medula ossea com mastocitos pode incluir alterações osseas, que causam lesoes detectaveis em radiografias na maioria dos casos, atraves de lesoes liticas ou condensadas.
Os Ossos longos proximais são os mais comumente afetados, seguidos pele pelve, costelas e cranio. 
A cintilografia ossea é o exame mais sensivel para detectar e localizar lesões ativas. Dores osseas acometem de 19 a 28 % dos pacientes e, naqueles com doença mais grave ou avançada, podem ocorrer fraturas patologicas. 
As Alteraçoes na medula ossea consistem de agregados paratrabeculares de mastocitos fusiformes, frequentemente misturados com eosinofilos, linfocitos e ocasionalmente plasmocitos, histiocitos e fibroblastos. 
Elas raramente são vistas em crianças. 
Anemia , leucopenia, leucocitose, trombocitopenia e eosinofilia podem, entretanto, ocorrer em associação a doença sistemica. 
Sangramento prolongado na pele ou no trato gastrintestinal tem sido observado nos pacientes pediatricos com mastocitose, principalmente naqueles com mastocitose cutanea difusa.
Além dessa manifestaçoes hematologicas, já foi relatada a ocorrencia de displasia ou neoplasia de celulas mieloides com mastocitose sistemica, principalmente em adultos.
Pacientes com mastocitose muitas vezes apresentam manifestações cardiovasculares, como flushing, hipotensão, taquicardia, sincope e choque. 
Tais reações são secundarias ao efeitos dos mediadores, liberados pelos mastocitos por agentes que estimulam sua degranulação. 
Entre os degranuladores mais relevantes estao as toxinas bacterianas, os etimulos fisicos ( calor, frio, luz solar, fricção), venenos ( cobra , Hymenoptera) , polipeptideos biologicos ( de ascaris, agua - viva , lagosta, veneno de vespa e abelha ), polimeros ( dextrano) e medicamentos ( acido acetilsalicilico, codeina, morfina, polimixina B, quinina, contrastes radiograficos, escopolamina, galamina, decametonio, reserpina ) . 
O principal objetivo do tratamento de todas as categorias de mastocitose é o controle dos sinais e sintomas determinados ou provocados pela liberação dos mediadores dos mastocitos.
Os pacientes devem sempre evitar e prevenir o uso de agentes degranuladores dos mastocitos. Tanto em adultos quanto em crianças , os antagonistas dos receptores H1 sao uteis em reduzir prurido , flushing, o sinal de Darier e a taquicardia. Se forem insuficientes , a adição de um antagonista H2 pode ser benefica. 


Dr. Antonio Carlos de Oliveira Biel
Alergista e Imunologista - ASBAI


Referencias:
- Fernadez AT, Campamor LN, Mora LE, Zambrano AZ . Diagnostico , tratamento y classificacion de la mastocitosis pediatrica. Estudio de 172 casos. Actas Dermosifiliogr 1998;89: 461-76.
- Revista Asbai 2005 , Jornal de Pediatria , 2002, Evódie I.Fernandes , Beatriz C. de Faria, André Cartell, Boaventura A. dos Santos, Tania F.Cestari.


quinta-feira, 24 de maio de 2012

SÓ PARA DESCONTRAIR

QUEM NUNCA PENSOU ISSO ??? RS... BOM DIA A TODOS!!!


Angioedema Hereditario

Angioedema labial



acessem o site da Associaçao Brasileira dos Portadores de Angioedema Hereditario - Abranghe



www.abranghe.org.br



Vamos divulgar essa doença , ela tem controle!!! E se não tratada, é potencialmente fatal.



quarta-feira, 23 de maio de 2012

MEU FILHO É DIFICIL DE ALIMENTAR

A seletividade exagerada é um dos disturbios da Alimentação mais frequentes e deve ser avaliada como todo o cuidado para que o pediatra possa impedir as consequencias adversas de um problema que pode cronificar e levar a sequelas antropometricas e clinicas.

A criança que seleciona o que comer, é classificada como SELETIVIDADE EXAGERADA. Essa situaçao clinico-nutricional também é caracterizada na literatura como um criança com AVERSÃO sensorial , PICKY EATER, criança que escolhe demais ou neofóbica.
São Crianças que costumam seguir um padrão familiar em que a extrema escolha dos alimentos é acompanhada de disturbios sensoriais, com reação exagerada ou sensação desagradavel a alimentos de determinadas consistencias, texturas, cores, sabores, além de reação a toques ou a pisar em superficies arenosas, granulosas, e outras.
A reação sensorial pode ser tátil, auditiva ou gustativa. Muitas vezes há discreto atraso no desenvolvimento orofacial e motor. O quadro de seletividade alimentar usualmente tem inicio as se introduzirem alimentos de transição ou com consistencia diferente da pastosa. 
A criança tem dificuldades de mastigação, e tem preferencias por alimentos semelhantes, marcas, produtos e cores especificos.
Quase sempre são crianças que não comem alimentos novos a não ser após inumeras exposições repetidas, e quando forçadas ou quando se insiste demais em que ingiram alimentos não apreciados, podem engasgar, vomitar ou se isolar.
Esse comportamento faz com que se isolem, não frequentem casas de amigos ou parentes, ou ponham-se à parte no período do lanche escolar.
A seletividade é mutante e comem bem alimentos de que gostam, mas não experimentam, sendo que muitas vezes tem periodos de adoração a um alimento e repentinamente, sem qualquer explicação, rejeitam definitivamente o mesmo alimento, levando seus pais e cuidadores ao desespero.
Apesar de conseguirem manter o estado nutricional preservado por bastante tempo, suas preferencias podem levar a carencias especificas como deficiencia de ferro, zinco, calcio, vitaminas, especialmente se não ingerem carnes, frutas, verduras, legumes ou derivados lacteos. A curva ponderal pode apresentar decrescimo lento e gradual, acompanhado pela diminuição da velocidade do crescimento, como acontece no caso acima.
O comportamento durante as refeiçoes é bastante irregular, com rituais intensos de manipulação. Demoram muito para comer, jogam com os alimentos no prato, derrubam talheres e pratos, e usam inumeras desculpas para não comer. 
Tipicamente quando alimentos especificos são colocados na boca , a aversão inicial é seguida de recusa sistematica e tendem a generalizar o comportamento para diferentes produtos. Usualmente , quando maiores, tendem a comer melhor na casa de parentes ou na escola. 
No entanto, o diagnostico de seletividade exacerbada deve ser considerado quando há associação do habito alimentar inadequado, dos disturbios sensoriais e da alteração nutricional, acompanhada de extrema ansiedade ao serem expostos a alimentos de que não gostam. 
O tratamento da criança seletiva deve ser dirigido a estabelecer um entendimento por parte de seus pais e cuidadores de que o problema é amplo, tem influencia familiar, e envolve varios orgãos do sentido . 
A criança necessita de modelos, de limites e de pessoas experientes e dedicadas para desenvolver uma mudança de atitudes de toda a familia. A criança deve ser convencida, educada e nunca agredida, por mais sutil que seja a pressão. 
O diagnostico deve ser feito precocemente evitando-se a deterioração do estado nutricional, o aparecimento de carencias especificas e o decrescimo da curva ponderal . 
Do ponto de vista nutricional, o uso de alimentos preferenciais ou de maior aceitação deve ser EVITADO e os alimentos novos devem ser sempre ofertados para o restante da familia, mas não para a criança seletiva, visando estimular a curiosidade.
A criatividade na apresentação dos alimentos é essencial, visando captar a atenção da criança. 
Tecnicas de educação nutricional devem ser adotadas a longo prazo e não somente uma orientação nutricional esporadica. A educação nutricional deve ser realizada por profissionais experientes e , às vezes , com intervenção de psicólogos familiares e fonoaudiologos. 
Para manutenção do estado nutricional durante o periodo de educação nutricional , o uso de um suplemento nutricional adequado, com formula equilibrada e completa, que proporcione um "seguro alimentar ", deve ser considerado. 
Em caso de diagnostico de deficiencias nutricionais especificas, pode ser necessaria a utilização de medicamentos com ferro e zinco. 
Suplementos completos possuem quantidades adequadas desses nutrientes e tem resultados comprovados em estudos feitos com pré - escolares brasileiros e em estudos internacionais. 
O tratamento precoce é mais facil, especialmente no periodo de introdução de novos alimentos , enquanto que os pré-escolares exigem maior exposição a novos alimentos , ate dezena de vezes.
É essencial que o pediatra e os profissionais da saude tenham conhecimento dos tipos de diagnosticos dos disturbios alimentares, reconhecendo a seletividade exacerbada. E deem prioridade à preservação e ou tratamento das deficiencias nutricionais gerais e especificas neste momento crucial do crescimento e desenvolvimento. Deve ser parte imprescindivel da consulta pediatrica a identificação dos problemas nutricionais , o que demanda tempo e paciencia, alem de tecnicas adequadas de educação.
Os pais devem evitar Promessas, privilegios, ameaças e recompensas se a criança se alimentar, porque distraem a criança do objetivo principal e tem resultados pouco adequados. O modelo familiar é fundamental e essas crianças tendem a repetir comportamentos e rituais dos adultos da casa.
As crianças tendem a experimentar um novo alimento se observam seus familiares comendo os mesmos. Atitudes neutras são mais favoraveis que o excesso de elogios ou castigos. No entanto, algumas crianças persistem com comportamentos seletivos exagerados por muitos anos, e muitas levam esses rituais até a vida adulta. Remover a pressão intensa sobre elas pode ser o papel de suplementos alimentares , enquanto o processo educacional é realizado.

Algumas dicas:

1 - Crianças comem melhor quando recebem alimentos conhecidos e favoritos.
2 - Aceitam melhor alimentos que a familia aceita bem.
3 - Evitar ansiedade da criança oferecendo sistematicamente alimentos que causem ojeriza.
4 - Evitar situação de estresse obrigando a criança a comer em casa de amigos ou parentes.
5 - Realizar dessensibilização gradual, evitando oferecer alimentos quando a criança engasga ou vomita.
6 - Se a criança rejeita ou cospe alimentos, oferecer pequenas quantidades em outros momentos, seguidas de bebidas ou alimentos que a criança aceita normalmente.
7 - Aumentar gradualmente a oferta de alimentos menos aceitos.
8 - Rodiziar alimentos em refeições e dias.
9 - Oferecer alimentos a familiares, mas não para a criança ( avisar que o alimento é da familia mas que, se ela quiser, a familia irá oferecer para que ela experimente ). 
10 - Ficar neutro independentemente da criança aceitar ou não um novo alimento. 
11 - Trabalhar com educação nutricional com apoio de profissionais da area de nutrição.
12 - Alimentos podem ser decorados , ter carater ludico, mas não devem ser mascarados ou escondidos das crianças. 



Dr. Antonio Carlos de Oliveira Biel
Alergista e Imunologista
Araçatuba , 23 de maio de 2012.