quarta-feira, 22 de julho de 2015

Sindrome de Gianotti- Crosti

A síndrome de Gianotti-Crosti foi descrita pela primeira vez em 1955 por Gianotti como uma erupção papulosa, monomorfa, autolimitada, simetricamente distribuída na face, região glútea e nas extremidades, ocorrendo em crianças de dois a seis anos de idade. Em 1970, Gianotti e Crosti associaram-na à infecção pelo vírus da hepatite B. Posteriormente foram observadas erupções cutâneas idênticas a Sindrome de Gianotti-Crosti, mas sem evidência de infecção aguda pelo vírus da hepatite B. Durante a investigação etiológica dos casos verificamos que são decorrentes de diferentes agentes infecciosos, principalmente virais . 











Na literatura , há apenas duas referências ao HHV6 ( Hepes Virus 6 Humano )como causador da doença. O curso da Sindrome é benigno e autolimitado, desaparecendo as manifestações em prazo que varia de duas a oito semanas, sem recorrências. As lesões cutâneas são em geral assintomáticas, excepcionalmente pruriginosas. Por vezes há pródromos sugestivos de infecção respiratória alta. O estado geral mantém-se inalterado ou ocorrem sintomas tais como mal-estar, febre, náuseas, vômitos, hepatoesplenomegalia, linfadenopatia e/ou quadro de hepatite anictérica aguda. Uma linfocitose, eventualmente com presença de linfócitos atípicos no sangue periférico, pode ainda ser observada.















O diagnóstico diferencial deve ser feito com prurigo agudo, escabiose e outras ectoparasitoses, granuloma anular, dermatite atópica, líquen plano, erupção liquenóide a droga, líquen estriado, líquen nítido, histiocitose de células de Langerhans, pitiríase liquenóide e varioliforme aguda (Pleva), pitiríase rósea, urticária papular, eritema multiforme e púrpura de Henoch-Schönlein, entre outros.

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