terça-feira, 12 de julho de 2011

REACOES ADVERSAS A FARMACOS

COMO VEMOS TEMOS POUCAS FERRAMENTAS PARA A AVALIACAO E MANEJO DOS PACIENTES COM REACOES INDUZIDAS POR DROGAS. O DIAGNOSTICO DE ALERGIA A MEDICAMENTOS BASEIA-SE EM UMA EXAUSTIVA HISTORIA CLINICA, A QUAL ENFOCA-SE EM PARTICULAR AS DROGAS RECEBIDAS PELOS PACIENTES, SUA CRONOLOGIA E SUA RELACAO COM O APARECIMENTO DOS SINTOMAS.
AS PROVAS LABORATORIAIS , TEM NA ATUALIDADE, ESCASSO PAPEL NO DIAGNOSTICO , COM EXCECAO DA DOSAGEM DE IGE ESPECIFICA PARA PENICILINA E OUTROS ANTIBIOTICO BETA-LACTAMICOS E OUTRAS POUCAS MOLECULAS.
E' POSSIVEL QUE NOS PROXIMOS ANOS ASSISTAMOS UM DESENROLAR NO USO CLINICO DE PROVAS E EXAMES MAIS CONFIAVEIS.
OS TESTES CUTANEOS TEM APLICACAO EM NUMEROSAS DROGAS, POREM DEVE-SE CONSIDERAR SEU RISCO POTENCIAL E SUA POSSIBILIDADE DE FALSOS POSITIVOS E NEGATIVOS, RAZAO ESTA QUE DEVEM SER EXECUTADAS POR MEDICOS TREINADOS E ESPECIALISTAS. TAMBEM SERVE ISTO PARA AS PROVAS DE PROVOCACAO E DESSENSIBILIZACAO, QUE DEVEM CONTAR COM PESSOAL E MATERIAIS ADEQUADOS PARA ENFRENTAREM POTENCIAIS REACOES SISTEMICAS.
DEVEMOS COMO ESPECIALISTAS QUE SOMOS SERMOS METODICOS NO MANEJO DAS REACOES ADVERSAS A FARMACOS:
1- DEVE-SE CONFIRMAR QUE EXISTE UMA RELACAO DIRETA ENTRE A DROGA E A REACAO APRESENTADA
2- SE ALEGARMOS CONCLUSIVAMENTE QUE O PACIENTE TEVE UMA REACAO PODEMOS DECIDIR QUE:
SE FOI POR INTOLERANCIA E ESTA E' LEVE, PODE ADMINISTRAR-SE A DROGA EM DOSES INFERIORES;
SE FOI POR IDIOSSINCRASIA, DEVEMOS TER MAIS CUIDADO, POIS A REACAO PODE REPETIR-SE, MESMO QUE TENHA SIDO LEVE;
E EM CASO DE REACAO GRAVE COM RISCO DE VIDA DO PACIENTE, NAO DEVEMOS ADMINISTRAR-SE A DROGA EM QUESTAO.
3 - PARA AS REACOES MEDIADAS POR MECANISMOS IMUNOLOGICOS, A OPCAO DO MANEJO A SEGUIR DEPENDE DO MECANISMO ENVOLVIDO:
SE EXISTIREM TESTES CONFIRMATORIOS DISPONIVEIS E FOREM VALIDADOS, PODE-SE UTILIZAR ( EX: IGE PARA PENICILINA);
QUANDO NAO EXISTEM TESTES DISPONIVEIS  DEVEMOS TOMAR ALGUNS CUIDASDOS: DEVERA' EVITAR-SE A DROGA SE EXISTIR OUTRA OPCAO. AGORA SE FOR IMPRESCINDIVEL ADMINISTRAR O MEDICAMENTO , DEVERA EFETUAR-SE A PROVA DE PROVOCACAO PROGRESSIVA QUANDO A REACAO ANTERIOR TENHA SIDO LEVE. SE A REACAO ANTERIOR TENHA SIDO GRAVE, DEVERA' CONSIDERAR-SE A DESENSIBILIZACAO.
PREVENCAO DAS REACOES A MEDICAMENTOS:
DEVEMOS INCLUIR A SEGUINTES MEDIDAS DE PREVENCAO MAIS EFICAZES:
EVITAR-SE A ADMINISTRACAO SIMULTANEA DE MULTIPLOS FARMACOS
IMPULSIONAR CAMPANHAS EDUCATIVAS ONDE SE EVITE A AUTOMEDICACAO.
INSERIR NAS BULAS DOS MEDICAMENTOS ADVERTENCIAS SOBRE A POSSIBILIDADE DE REACOES ALERGICAS ONDE SE DETALHAM OS MEDICAMENTOS COM POTENCIAL REATIVIDADE CRUZADA.
EVITAR A MEDICACAO DESNECESSARIA ( POR EXEMPLO : ANTIBIOTICOS PARA INFECCOES VIRAIS)
ANTES DE PRESCREVER INTERROGAR SOBRE REACOES ANTERIORES A MEDICAMENTOS.
TRATAR DE EVITAR A VIA PARENTERAL, QUE E' POTENCIALMENTE MAIS PERIGOSA.
ADVERTIR OS PACIENTES , QUE EM APRESENTANDO UMA REACAO , SOBRE OS RISCOS DA READMINISTRACAO DO MEDICAMENTO E FORNECER UMA LISTA POR ESCRITO DAS DROGAS DO MESMO GRUPO QUIMICO, INTRUINDO-OS PARA QUE LEIAM A COMPOSICAO DOS MEDICAMENTOS QUE SAO INDICADOS A ELES.
CONCLUINDO:
OS MEDICOS ESPECIALISTA ALERGISTAS DEVEM INSTRUIR OS MEDICOS GENERALISTAS E DE ATENCAO PRIMARIA SOBRE AS REACOES ADVERSAS A DROGAS , E QUANDO OS PACIENTES NAO SAO ALERGICOS. OS PROFISSIONAIS TRATADORES NAO DEVEM ATEMORIZAR OS PACIENTES COM MULTIPLAS ALERGIAS AS DROGAS, SOBRETUDO OS ANTIBIOTICOS, E QUANDO E NECESSARIA SUA ADMINISTRACAO APARECEM SENSACOES DE INTRANQUILIDADE QUE PREJUDICAM O TRATAMENTO. O MEDICO DEVE CONHECER A POSSIBILIDADE DE REACAO CRUZADA ENTRE DISTINTOS FARMACOS, POR EXEMPLO ENTRE ANTIBIOTICOS DO GRUPO BETA-LACTAMICOS, MOLECULAS COM GRUPO PARA-AMINO, AMINOGLICOSIDEOS, QUINOLONAS, ANTIINFLAMATORIOS NAO ESTEROIDAIS, COMO TAMBEM ALTERNATIVAS TERAPEUTICAS SEM REACAO CRUZADA, QUE QUASE SEMPRE EXISTEM.
TAMBEM DEVEMOS TER CLARO QUE E' NECESSARIO TEMPO E PACIENCIA PARA ALCANCAR O TRATAMENTO OTIMO ESPERADO.
E' IMPRESCINDIVEL SABER QUE NEM TODA REACAO ADVERS E' ALERGICA; QUE TODA REACAO ALERGICA SE REFERE A UM GRUPO QUIMICO COM FORMACAO DE ANTICORPOS ESPECIFICOS. E QUE NAO EXISTEM REACOES ALERGICAS SEM CONTATO PREVEIO COM TAL GRUPO QUIMICO ENVOLVIDO.


DR. ANTONIO CARLOS DE OLIVEIRA BIEL
ESPECIALISTA EM ALERGIA E IMUNOLOGIA CLINICA

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